Dias Tofolli defende ajustes nos concursos de juiz para avaliar aptidão para o cargo

O aumento significativo de pretendentes à magistratura tem feito o CNJ repensar os critérios de seleção dos candidatos. Em audiência pública, representantes funcionais e acadêmicos debateram o que consideram mais relevante para o perfil dos futuros juízes. A conclusão foi unânime: é preciso muito mais do que o conhecimento técnico cobrado nas provas para assumir esse cargo vitalício.
Com a preparação cada vez mais profissional e especializada nos conteúdos exigidos, foi ligado um sinal de alerta: a imaturidade e a falta de habilidades inter e intrapessoais dos novos juízes. A consequência foi um aumento nas licenças médicas motivada por problemas de saúde mental.
O presidente do CNJ e do STF, Dias Toffoli, alertou para as competências desejadas que não estão sendo levadas em consideração nos concursos da magistratura. Segundo ele, é preciso ter a capacidade de lidar com conflitos políticos, sociais e culturais complexos, além de assumir atribuições gerenciais e de liderança, que não fazem parte dos exames.